- Museu do Neo-Realismo
- O que é o Neorrealismo?
- Joaquim Namorado
[N. Alter do Chão, Alentejo, 1914 – M. 1986]
Joaquim Vitorino Namorado Nascimento, poeta e ensaísta português, nasceu em Alter do Chão, Alentejo, em 30 de Junho de 1914.
Licenciou-se em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, dedicando-se, por várias décadas, ao ensino. Desde 25 de Abril de 1974 até à sua aposentação, exerceu as funções de Professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, secção de Matemática.
Foi um dos iniciadores do movimento neo-realista coimbrão e do Novo Cancioneiro, notabilizando-se como poeta neo-realista, tendo colaborado nas revistas “Seara Nova”, “Sol Nascente”, “Vértice”, “O Diabo”, entre outras.
Dizem que foi o Joaquim Namorado quem, para iludir a PIDE e a Censura, camuflou de “neo-realismo” o tão falado “realismo socialista” apregoado pelo Jdanov.
Entre muitas outras actividades relevantes, foi redactor e director da Revista de cultura e arte “Vértice”, onde ficou célebre o episódio da publicação de pensamentos do Karl Marx, mas assinados com o pseudónimo Carlos Marques. Este episódio valeria uma visita da PIDE à redacção desta revista.
Chegou a ser membro da Assembleia Municipal do concelho da Figueira, eleito pela APU.
Residiu na vertente sul da Serra da Boa Viagem, local que serviu para reuniões preparatórias da fundação do jornal “Barca Nova”. Por iniciativa deste jornal, nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1983, a Figueira prestou-lhe uma significativa Homenagem.
Na sequência dessa homenagem, a Câmara Municipal da Figueira, durante anos, teve um prémio literário, que alcançou grande prestígio a nível nacional.
Joaquim Namorado morre em 1986.
Obras:
Aviso à Navegação, 1941;
Incomodidade, 1945;
A Poesia Necessária, 1966;
Uma Poética da Cultura, 1994.