- Museu do Neo-Realismo
- O que é o Neorrealismo?
- Carlos de Oliveira
Filho de emigrantes portugueses, só viveu no Brasil os dois primeiros anos de vida, porque em 1923, os seus pais regressam a Portugal, acabando por se fixar, primeiro para a Carmaneira, e depois na região da Gândara, concelho de Cantanhede, mais precisamente na aldeia de Febres, onde seu pai exerceu medicina.
Em 1933, já em Coimbra, onde permanece 15 anos, Carlos de Oliveira completa os estudos liceais e universitários, concluindo em 1947 a sua licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras de Coimbra, com uma tese que denominou de “Contribuição para uma estética neo-realista”. Durante a sua licenciatura, estabelece amizade com outros jovens com os quais se identifica intelectual e ideologicamente, como Joaquim Namorado, João Cochofel e Fernando Namora.
Carlos de Oliveira nasceu em Belém do Pará, Brasil, a 10 de Agosto de 1921.
Licenciou-se na Universidade de Coimbra em Ciências Histórico-Filosóficas.
Em 1934, o escritor parte para Lisboa, onde fica a viver. Mantém colaborações esporádicas em vários jornais e revistas, com a participação na “Seara Nova” e “Vértice” e a colaboração no livro de Fernando Lopes Graça Marchas, Danças e Canções – colectânea de poesias de vários poetas, musicadas por aquele, canções que vieram a ser conhecidas por “heróicas”, e chega a tentar o ensino.
No ano de 1949 casa com Ângela, jovem madeirense que conhecera nos seus tempos de Faculdade.
A partir de 1972 dedica-se definitiva e exclusivamente à literatura.
Poeta, romancista, cronista, crítico e tradutor, despertou para a escrita no seio da geração dos neo-realistas, em Coimbra. A sua obra poética e ficcional centra-se na vida campestre.
Carlos de Oliveira morre, na sua casa em Lisboa, em 1 de Julho de 1981.
Obras:
Turismo (colecção Novo Cancioneiro), 1942;
Casa na Duna, 1943, 2000;
Alcateia, 1944, 1945;
Mãe Pobre, 1945;
Colheita Perdida, 1948;
Pequenos Burgueses, 1948, 2000;
Descida aos Infernos, 1949;
Terra de Harmonia, 1950;
Uma Abelha na Chuva, 1953, 2003;
Contos Tradicionais Portugueses (org. com José Gomes Ferreira), 1957;
Cantata, 1960;
Poesias (1945-1960), 1962;
Sobre o Lado Esquerdo, o Lado do Coração, 1968, 1969;
Micropaisagem, 1969;
O Aprendiz de Feiticeiro, 1971;
Entre Duas Memórias, 1971;
Trabalho Poético (2 vols., colectânea poética), 1977-1978;
Pastoral, 1977;
Finisterra, 1978, 2003.