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- Carlos de Oliveira: a parte submersa do iceberg
Curadoria de Osvaldo Silvestre
Ao comemorar 10 anos no atual edifício projetado pelo Arquiteto Alcino Soutinho, o Museu do Neo-Realismo apresentou a exposição «Carlos de Oliveira: a parte submersa do iceberg».
Com a curadoria do Professor Doutor Osvaldo Silvestre, a exposição centrou-se na vida e obra daquele que foi um dos grandes escritores portugueses, que ao longo da sua vida exerceu uma prática literária obsessivamente empenhada na reformulação constante da sua obra em busca da perfeição da escrita, materializada nas centenas de documentos provenientes do seu espólio.
Desde os seus inícios em consonância com as coordenadas fundamentais do neorrealismo, que pela sua obra é levado a um profundo trabalho de reavaliação de objetivos e meios, Carlos de Oliveira deixou-nos, na poesia e na ficção, obras que mudaram a literatura portuguesa do século XX, como a (re)leitura de «Trabalho Poético» e de «Finisterra Paisagem e Povoamento», para só referir dois títulos, comprova. Sem esquecer que foi a partir do seu romance «Uma Abelha na Chuva» que Fernando Lopes realizou um filme central do cinema português.
Esteve associado à Exposição um diversificado programa complementar constituído por iniciativas que decorreram no Museu do Neo-Realismo, na Casa da Escrita em Coimbra, na Casa Fernando Pessoa em Lisboa e na Biblioteca Municipal de Cantanhede.
Como sempre acontece, publicou-se um volumoso catálogo, com estudos originais e significativa documentação inédita, saída do espólio de Carlos de Oliveira generosamente doada pela família ao MNR.