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- O Couraçado Potemkin
21h30
Acompanhamento musical ao vivo por Arsénio Martis e Paulo Lopes
de Serguei Eisenstein
O Couraçado Potemkin é, indubitavelmente, uma obra-prima do cinema. Invariavelmente, aparece em qualquer lista sobre os melhores filmes da história do cinema.
Apesar do imediato reconhecimento internacional, o fervor revolucionário de Potemkin causou polémica em vários países, durante a sua estreia. No Reino Unido, foi considerado subversivo e, consequentemente, banido até 1954. Na Alemanha, mereceu a censura das autoridades nazis e teve uma circulação limitada nos Estados Unidos. Em Portugal, o filme só estrearia após o 25 de abril de 1974, com sucessivas lotações esgotadas.
Inspirado nos acontecimentos reais de 1905, o filme divide-se em cinco episódios, três dos quais passados a bordo do navio e coincidentes com a memória histórica da revolta. A tensão gerada pela carne podre, servida como alimento aos marinheiros, e a reunião de todos os homens no convés do navio, tal como a morte de um dos insurretos e o seu funeral à beira-mar, são exemplos do realismo de “O Couraçado Potemkin”.
A sequência na escadaria de Odessa surge como uma síntese do drama que foi vivido em vários locais da cidade. Considerada uma das mais poderosas imagens políticas de sempre, o conflito produzido pela montagem, contrapondo a inocência e a violência, torna esta cena inesquecível pela intensidade dramática que proporciona ao espectador.
"Cineasta da revolução soviética", Sergei Eisenstein distinguiu-se pelo trabalho pioneiro que desenvolveu na montagem. Para Eisenstein, a montagem ia além da associação de imagens relacionadas. A "colisão" de cenas podia ser usada para manipular as emoções do público e criar metáforas fílmicas.
"Uma obra de arte compreendida dinamicamente não é mais do que um processo de organização de imagens e sentimentos na mente do espectador", afirmou.
- Arsénio Martins — Guitarra e composição (música original)
- Paulo Lopes — Saxofone tenor, soprano e flauta
Arsénio Martins
Pianista, guitarrista e compositor (Rouen França, 1970). A cumprir vinte e um anos de atividade, Arsénio Martins apresenta nos seus
concertos sempre os seus vários repertórios originais com as suas duas formações principais, o Arsénio Martins & Aroma Jazz Trio e o Arsénio Martins Ensemble . Desenvolve a seu trabalho basicamente em quatro países: Itália, onde residiu; França, o seu país natal; Espanha, onde mais festivais realizou e onde continua a ser um dos filme-concertistas mais solicitados; e Portugal, onde nunca deixou de atuar .
Editou recentemente o áudio-livro A Ilha fria, um recital de poesia algarvia com acompanhamento musical . Editou ainda Gadir (piano flamenco, 2012); Sorrisos Invisíveis (jazz, 2011); Caixa de Luz (jazz, 2013); Na margem do prazer (2009);
A luz nas lágrimas (2001); A cor dos anjos (1999); Notas Brancas (1996).