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Conferência
Nesta conferência, integrada no Ciclo de Conferências associado à Exposição "Além da Ucronia - histórias não vividas do 25 de Abril", três investigadores falaram-nos sobre os contributos da imagem para o estudo dos 48 anos que marcaram a mais longa ditadura da Europa. Maria do Carmo Piçarra abordou o cinema colonial; Amarante Abramovici trouxe-nos "Os filmes de Abril; Enquanto que Rodrigo Lacerda discursou sobre as Representações Visuais no Funeral de António de Oliveria salazar.
Amarante Abramovici Formou-se em Cinema, em França, tendo regressado a Portugal, país onde cresceu, em 2004. Como cineasta, realizou curtas-metragens documentais (“Circa Me”, 2002; “Mouvements para partos imaginados”, 2002; “Gaia”, 2004; “Dezembro”, 2007; “Estudantes por Empréstimo”, 2009), além de filmes em colaboração (2003, “A Cultura do Capital”, co-realizado com Tiago Afonso, Frederico Lobo, Hugo Almeida; “Travelling 70’-76”, 2007 corealizado com Tiago Afonso), além de colaboração com artistas de outras áreas, nomeadamente da música (Ana Deus, Balla Prop), da dança (Yasmine Hugonnet, Alejandra Sol, João Costa), das artes plásticas (João Alves, PAM), do teatro (Igor Gandra, Joana Providência), entre outros, adaptando ao cinema processos criativos vindos dessas áreas. Colaborou regularmente com o Museu de Arte Contemporânea de Serralves de 2005 a 2013 na produção e montagem de obras em vídeo para exposições, assim como na produção e programação de Ciclos de Cinema e Retrospetivas. Anima desde 2004 Oficinas de iniciação ao Cinema para crianças e adultos, Oficinas de Cinema Documental, Ciclos de Cinema. É docente do Ensino Superior em Cinema e Vídeo desde 2008 (Mestrado Multimédia, FEUP - 2008-11; Mestrado em Comunicação Audiovisual e Multimédia da Universidade Lusófona do Porto - 2012-13). Doutoranda desde 2010, a sua investigação incide no Cinema Político em Portugal na década de 70, em particular no Cinema Amador.
Maria do Carmo Piçarra Doutorada em Ciências da Comunicação com uma tese sobre cinema colonial. É jornalista, crítica e programadora de cinema, investigadora do Centro de Investigação de Media e Jornalismo (CIMJ/UNL) e professora de Políticas Públicas da Cultura no ISCTE/UL e de Teoria da Imagem, Cinema e TV e Produção e programação cultural na ESE- Instituto Politécnico de Setúbal. Entre outras publicações é autora de Salazar vai ao cinema, em dois volumes, e coordenadora da trilogia Angola, o nascimento de uma nação, relativa a O cinema do império, O cinema da libertação (2013) e O cinema da independência (2014). Co-edita a ANIKI - Revista Portuguesa da Imagem em Movimento.
Rodrigo Lacerda Nasceu em Coimbra em 1979. Estudou Cinema e Televisão na London Metropolitan University e National Film and Television School, no Reino Unido, e obteve o Mestrado em Antropologia, especialização Culturas Visuais, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É, atualmente, doutorando em Antropologia na mesma faculdade. Co-realizou, com Rita Alcaire, os documentários “Filhos do Tédio” (2006); “O Pessoal do Pico Toma Conta Disso” (2010); “Filarmónicas da Ilha Preta” (2011); e, em co-produção com a RTP, “Das 9 às 5” (2011). A título individual, realizou “Pelos Trilhos do Andarilho - Ao Encontro de Ernesto Veiga de Oliveira” (2010; produção GEFAC) e “Thierry” (2012). Além da área de realização, também trabalhou em pós-produção para cinema e televisão, colaborou com associações culturais relacionadas com as artes performativas e música, como a Marionet e Galeria Zé dos Bois, e lecionou workshops em diversos domínios do cinema.