- Museu do Neo-Realismo
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- Do ‘Carnaval’ ao ‘Choro’:
16h00
A Música Popular no Modernismo Brasileiro
1ª Sessão Paralela | Exposição “Candido Portinari em Portugal”.
ComEdward Ayres d'Abreu, Francisco Pellegrini e André Cunha Leal.
Chorinho (ou Choro), um dos painéis da série “Os Músicos”, presente na exposição “Candido Portinari em Portugal”, foi pintado em 1942 para a rádio Tupi no Rio de Janeiro. O Choro, género de música popular e instrumental que surgiu no Rio de Janeiro em meados do século XIX, pode ser considerado como a primeira música urbana tipicamente brasileira, absorvendo e reflectindo contaminações relativamente à música erudita.
Outro daqueles painéis, Carnaval (ou Cavalo-Marinho), também exposto, espelha igualmente o interesse pelas manifestações culturais populares e pela cultura afro-brasileira, por parte de artistas, escritores e intelectuais do modernismo brasileiro.
Nesta sessão, promovendo-se o diálogo entre as artes – no caso, a música e a pintura –, e parte-se destas duas obras, para ouvirmos e conversarmos com dois especialistas, sobre o modernismo musical brasileiro, e em especial as apropriações da música popular pela erudita. Aproximação à cultura popular que se realiza num contexto ideológico e social particular, e consistiu também numa intenção consciente de reduzir o distanciamento entre as elites e o povo, por parte dos artistas.
Um debate que se prolonga, por óbvias afinidades, à realidade e contexto portugueses e às relações que alguns compositores, nomeadamente F. Lopes Graça, estabeleceram com a música tradicional.