Concerto

• 16h00

O projeto “Cancioneiro Clandestino” nasceu em 2021, por iniciativa dos trabalhadores da Produção de Atividades e Comunicação do Museu do Neo-Realismo, no seguimento de um debate interno sobre a relevância da música popular no Neorrealismo. Desta troca de ideias, surgiu a possibilidade de fazer um levantamento de canções escritas por neorrealistas ou adaptadas de poemas neorrealistas.

Desta recolha, foram selecionadas 20 canções, gravadas e editadas ao longo das últimas seis décadas, que adaptaram poemas de autores neorrealistas e de outros autores que, apesar de não se incluírem no neorrealismo, fizeram um caminho muito próximo ou influenciador do movimento.

Após a fase da recolha, foi criado um grupo de trabalho para transformar a seleção num concerto de apresentação ao vivo daquelas canções, no âmbito do 15º aniversário do Museu do Neo-Realismo no edifício projetado pelo Arquiteto Alcino Soutinho. Ao longo dos ensaios, as canções sofreram alterações estruturais para permitir a adaptação aos recursos existentes. A estrutura harmónico-melódica manteve-se intacta e a sua integralidade defendida, apesar das alterações à estrutura rítmica.

Os arranjos foram sendo elaborados à medida que as canções se iam consolidando e revelando necessidades para responder à fruição contemporânea da música popular. Ao mesmo tempo, foi incluído um instrumental original, que serve de abertura a esta hipótese de cancioneiro.

O nome do projeto “Cancioneiro Clandestino” não é, apenas, uma intertextualidade com alguns dos autores, mas uma referência à marginalidade e resistência da música popular.

• Intérpretes

Fernando Marques: voz, guitarra, percurssão

Helena Seita: voz, percurssão

Inês Ferreira: voz, percurssão

João Falcão: baixo

Jorge Carvalho: voz, guitarra, percurssão, melódica

Convidada

Ana Falcão: voz, violoncelo