- Museu do Neo-Realismo
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- Apresentação do Livro '5 de Outubro'
Uma reconstituição de Ernesto Rodrigues
Os dias 4 e 5 de Outubro de 1910 transformaram uma monarquia secular em República Portuguesa. A determinação de poucos venceu a apatia de forças minadas por dentro ou inactivas. Nesta perspectiva, o 5 de Outubro é o milagre da vontade, antes do idílio que atravessa a cidade.
Na presente obra, após algumas panorâmicas apoiadas em olhares antológicos pouco conhecidos, esses dias são contados minuto a minuto, reconstituindo, por interpostas vozes de protagonistas e seus relatórios, o momento em que Portugal adquiriu um novo rosto. A narrativa, viva e empolgada, é acompanhada de ilustrações com documentos da época, proporcionando ao leitor a participação vívida nos sobressaltos, alegrias, incertezas e entusiasmos sentidos pelos protagonistas desta página decisiva da história de Portugal.
Ernesto Rodrigues (n. 1956) é escritor, ensaísta e tradutor. Professor na Faculdade de Letras de Lisboa, foi jornalista e leitor de Português na Universidade de Budapeste (1981-1986). Faz crítica literária regular desde 1979, colaborando, desde 2000, no semanário Expresso. Estreou-se na poesia em 1973, na ficção em 1980, destacando-se os romances A Serpente de Bronze (Publicações Dom Quixote, 1989) e Torre de Dona Chama (Editorial Notícias, 1994). Entre os autores portugueses do séc. XIX que editou, relevemos As Farpas (2007) de Ramalho Ortigão, cujos 11 tomos (1887-1890) estão no Círculo de Leitores. Outros títulos: Mágico Folhetim. Literatura e Jornalismo em Portugal (1998), Cultura Literária Oitocentista (1999), Visão dos Tempos. Os Óculos na Cultura Portuguesa (2000), Verso e Prosa de Novecentos (2000), Crónica Jornalística. Século XIX (2004), Padre António Vieira, Sermões, Cartas, Obras Várias (2008). Principal tradutor de literatura húngara em Portugal, desde 1983, os últimos quatro títulos que verteu em 2006-2007 – Cotovia, A Porta, A Herança de Eszter, A Mulher Certa – saíram nas Publicações Dom Quixote, onde acaba de entregar um quinto, Rebeldes, de Sándor Márai.