- Museu do Neo-Realismo
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- Alberto Ferreira
Centenário de nascimento
O Museu do Neo-Realismo assinala os 100 anos do nascimento de Alberto Ferreira, ensaísta,ficcionista e professor, autor ligado ao movimento neorrealista, que colaborou em Revistas como a Seara Nova, Vértice, Diário de Lisboa e Comércio do Porto, com uma mostra na Livraria do Museu.
A mostra inclui alguma da sua produção literária (originais), desenhos e fotografias do autor, pertencentes ao espólio do Museu.
A visitar até 31 de outubro de 2020.
- Biografia
Ensaísta e ficcionista. Fez os seus primeiros estudos na Escola Agrícola de Santarém, onde tirou o curso de regente agrícola (1939), uma profissão que lhe permitiu percorrer todo o país. Mais tarde, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Lisboa, iniciando em 1974 a actividade de professor do ensino secundário. Em 1977, passou a ensinar a cadeira de Cultura Portuguesa na Faculdade de Letras onde se licenciara.
Colaborou nas revistas Vértice e Seara Nova. Estreou-se, como ensaísta, em 1954, com o livro Condições Sociais do Pensamento Moderno e, como ficcionista, em 1965, com Diário de Édipo, o primeiro dos seus dois romances experimentais, romances que Óscar Lopes classifica como «cruzamento entre o ensaio e a reflexão autobiográfica», pois que o seu autor é, segundo o mesmo crítico, «fundamentalmente investigador e ensaísta». E, neste campo, são incontornáveis os estudos que realizou para prefaciar os textos incluídos nos quatro volumes que publicou entre 1966 e 1970, de colaboração com Maria José Marinho, para recolha das peças fundamentais da polémica Bom Senso e Bom Gosto, estudos que retomaria, em 1971, no seu mais importante ensaio, Perspectiva do Romantismo Português (1834-65).
Parte do espólio de Alberto Ferreira encontra-se no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional.
in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1998