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- Carlos Coutinho
- Fornelos, Concelho de Santa Marta de Penaguião, 1943 –
O escritor e jornalista Carlos Coutinho nasceu em Fornelos, concelho de Santa Marta de Penaguião, a 22 de agosto de 1943.
Foi destacado para a guerra colonial em Moçambique como enfermeiro militar de neuropsiquiatria, onde esteve durante dois anos. Regressado a Portugal, em 1969, iniciou a carreira de jornalista, tendo trabalhado em diversos jornais, como O Século ou O Diário.
Em paralelo desenvolveu atividade literária, sendo autor de um conjunto de obras nas áreas da ficção, teatro e crónica jornalística, nomeadamente O Herbicida, (1972); A Última Semana antes da Festa (1974); Teatro de Circunstância (1976); A Estratégia do Cinismo Seguida do Jantar do Comissário (1977); Recordações da Casa dos Mortos (1976); No País da Alegria (1976); Uma Noite na Guerra (1978); Os duros Dias (2001); O que Agora me Inquieta, (1985); O Depoimento da Família Martins seguido de Homem Certo em Casa Certa (2011); Balanço Precário (livro de memórias) (2020).
Militante do PCP , foi operacional da Acção Revolucionária Armada (ARA) e participou ativamente em diversas ações políticas contra o regime e a guerra colonial, o que o levou à prisão em 1973, sendo libertado em 26 de abril de 1974, com a Revolução dos Cravos.
Carlos Coutinho tem colaborado regularmente com o Museu do Neo-Realismo, tendo doado o seu espólio literário ao Museu em duas fases, em 1994 e em 2006, com formalização da doação em 2007 e 2015 respetivamente. Ocorreu uma terceira entrega Dezembro 2015.
Fonte
Uma Noite na Guerra, Carlos Coutinho, Porto, Campo das Letras, 2003.