- Museu do Neo-Realismo
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- Espólios Literários
- Alexandre Babo
- Lisboa, 1919 – Cascais, 2007
Alexandre Babo nasceu em Lisboa a 30 de julho de 1916.
Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa em 1939, foi advogado, dramaturgo, escritor, crítico teatral e jornalista.
Opositor ao Estado Novo, teve um importante papel na luta antifascista, nomeadamente como advogado na defesa de presos políticos. Foi iniciado na Maçonaria em 1936, fazendo parte da Acção Anticlerical e Antifascista e do Bloco Académico Antifascista. Fez também parte do Conselho do Porto do Movimento de Unidade Democrática e da Comissão Distrital da Campanha do General Norton de Matos. Ingressou no Partido Comunista Português em 1943. Após o 25 de Abril esteve ligado à fundação da Associação Portugal-URSS, da Associação Portugal-RDA e da Liga para o Intercâmbio Cultural, Social e Científico com os Povos Socialistas.
Em 1941 fundou as Edições Sirius, com Amaral Guimarães e Abílio Martins. Em 1946 mudou-se para Paris como delegado da revista Mundo Literário, aí permanecendo até 1958. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Londres, onde, em 1960, foi cronista da BBC e correspondente do Jornal de Notícias, com o qual continuou a colaborar como crítico de teatro depois do regresso a Portugal, entre 1961 e 1965.
Desenvolveu intensa atividade na área do teatro, tendo sido, em 1952, o primeiro presidente da direção eleito do Teatro Experimental do Porto, do qual se afasta em 1960 para colaborar na criação do Grupo de Teatro Moderno do Clube dos Fenianos do Porto, com Luís de Lima e Fernando Gaspar. Em 1964 fundou o clube de teatro O Palco.
A partir de 1965 exerceu advocacia em Lisboa. Foi sócio fundador da Associação Portuguesa de Escritores em 1973.
É autor de um conjunto de obras, entre peças teatrais, contos, romances e ensaios, dos quais destacamos, Há uma Luz Que Se Apaga (1951); Encontro (1955); Autobiografia e alguns Contos (1957); Problemas de Teatro (1958); Estrela para um Epitáfio (1960); Notas de Viagem: Londres, Paris, Helsingborg, Haia (1963); Panaït Istrati (1964); Estrela para um Epitáfio e Jardim Público (1972); Na Pátria do Socialismo (1972); Sem Vento de Feição (1972); Abril, Abril (1975); República Democrática Alemã: Sociedade Socialista Avançada (1975); Escrita de Combate (1976); A Reunião (1977); Recordações de um Caminheiro (1984); Nativa do Arquipélago do Vento (1994); e No Meu Tempo (1999).
Faleceu em Cascais a 2 de novembro de 2007.
O espólio literário de Alexandre Babo foi entregue pelo próprio ao Museu do Neo-Realismo em 2002 e 2007.
Fontes
Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.
https://m.facebook.com/FascismoNuncaMais/photos/alexandre-babo-(1916-2007)-advogado/717047518404630/?locale=ko_KRR