- Museu do Neo-Realismo
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- Espólios Literários
- Arsénio Mota
- Bustos, Oliveira do Bairro, 1930 –
Arsénio Mota nasceu em Bustos, Oliveira do Bairro, a 25 de abril de 1930.
Depois de experimentar diversas profissões, em 1956 emigrou para Caracas, Venezuela, onde permaneceu até 1959 e onde trabalhou como redator no semanário Ecos de Portugal e em programas de Rádio.
Foi jornalista no Jornal de Notícias, Porto, profissão que abandonou para se dedicar à tradução e edição de livros. Algumas das suas edições (Razão Actual) foram proibidas e apreendidas. Em junho de 1966 foi preso e torturado pela PIDE. Regressou ao jornalismo profissional depois do 25 de Abril, ainda no Jornal de Notícias, até atingir a idade da aposentação.
Publicou, desde 1955, obras de poesia (usando o pseudónimo António Bustos), ficção, crónica-ficção, estudos e ensaios, alguns dos quais distinguidas por júris de prémios literários. Organizou antologias e tem colaborado em diversas obras de vários autores. Tem abundante colaboração dispersa por jornais e revistas.
Presidiu à Direção da Associação de Jornalistas e Escritores da Bairrada (AJEB sede em Anadia) desde o início (de 1990 a 1997), tendo sido o seu fundador e principal animador. Dirigiu ou codirigiu diversos suplementos literário-culturais e revistas desde 1961. Foi dirigente da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), da qual é cooperante, e da Secção Portuguesa do IBBY, nomeadamente, e é sócio da Associação Portuguesa de Escritores.
O Museu do Neo-Realismo dedicou-lhe em 2014 a exposição biobibliográfica Arsénio Mota, uma vida como obra, que teve curadoria de António Gomes Marques e que procurou restituir, na sua circunstância epocal, o sentido do itinerário cultural e cívico de Arsénio Mota.
O espólio de Arsénio Mota foi incorporado faseadamente no Museu do Neo-Realismo, desde a primeira entrega em 2011, até 2013, doado pelo próprio em 2015.
Fonte
Catálogo da Exposição Arsénio Mota, uma vida como obra, Museu do Neo-Realismo, 2014.